A atual administração está com os dias contados e contando os dias para o fechamento de um ciclo que durou quatro anos. Faltam poucos dias, mas o prefeito Gilmarzinho da Ecoplan já começa a ser homenageado por aqueles com quem trabalhou nesse período e o reconhecimento emociona e carimba uma passagem que trouxe aprendizado a muitos, aos que saem e aos que ficam.
Suceder um governo marcado pela má gestão administrativa e de rombos homéricos nas contas públicas por conta da tentativa da reeleição em 2012, quando a Prefeitura Municipal de Nobres ficou acéfala, ao menos de seus comandantes, os primeiros a abandonarem o barco quando ele começou a fazer água, isso não foi fácil.
E quem somos nós diante de uma terra cujos dados vemos quase que diariamente serem apontados, com a descoberta de ancestrais que viveram há bilhões de anos por aqui? Apenas um sopro na ordem cronológica, do tamanho de quatro anos vividos intensa e cotidianamente as voltas com o pagamento de dívidas herdadas e tendo que realizar algo pelo município.
Se o objetivo não foi alcançado, os quatro anos foram de dureza e os primeiros meses dedicados a desatar os nós deixados pelo governante que abandonou todos os seus propósitos para só agora, durante nova campanha política, emergir da sua letargia para ocupar palanque político e atacar seu desafeto político.
O sistema de previdência municipal foi achacado e à duras penas se recuperou, se mantendo em estrutura solidificada pela ação dos seus verdadeiros “donos”, os servidores públicos que contribuem para o fundo de pensão e contam com uma gestão comprometida com o futuro do sistema.
Justamente da atual gestora do fundo é que partiu a iniciativa do agradecimento ao atual governante, corroborada por vários servidores (efetivos e nomeados) que agradeceram ao prefeito pelas boas práticas administrativas, pelo respeito ao servidor público, pela serenidade e humildade com que se relacionou com todos nos últimos 47 meses, quase 48 de gestão.
Três contas de governo aprovadas e um relacionamento compartilhado com todos de fazer gerir a máquina pública com responsabilidade e acima de tudo com humildade e respeito mútuo, de acordo com as opiniões expressadas pelos servidores públicos municipais presentes ao ato.
Obviamente, esse ciclo que se encerra em 31 de dezembro de 2016 não tem nada a ver com a unanimidade, mas terá o julgamento pela história e a população costuma esquecer os governantes do passado e firmar o olhar sobre os do presente.
Até porque, não deu para comparar o governo praticado entre 2009/2012 com o que está findando. A distância medida em qualidade entre um e outro é quilométrica, ainda que aqueles que almejam o poder tenham que se utilizar de ataques estapafúrdios e desconexos como forma de convencimento do eleitorado. Não deu.
O jeito é aguardar o que vem pela frente, porque o pano já está caindo para este governo, cujos atos serão lembrados por aqueles que ficam e se preocupam com presente e futuro sem deixar de olhar o passado, de mazelas inesquecíveis, anotadas nos anais da história política e administrativa de Nobres.